De fato que muitos profissionais de Odontologia adaptaram-se com novos padrões digitais de fichas clínicas, anamneses e odontogramas.
Porém ainda temos muitos profissionais que fazem uso da ficha clínica impressa, ao invés de ter se adaptado à informatização. Outros então, fazem o uso das duas ao mesmo tempo.
No entanto, mesmo com ou sem tecnologia em nossa vida clínica diária, nunca devemos de anotar os mínimos detalhes em achados clínicos e radiográficos de cada paciente.
Mas porque voltarmos a este assunto novamente? Perante a tantas catástrofes que vemos acontecendo não somente no Brasil, mas em todo o mundo, temos observado que a Odontologia, por meio da Odontologia Legal, tem-se destacado por sua eficácia nas perícias, basicamente no reconhecimento de corpos, ou mesmo em partes deles.
O Cirurgião Dentista é uma das chaves principais para o auxílio no reconhecimento de indivíduos, independentemente da causa do óbito, o especialista em Odontologia Legal possui grandes conhecimentos técnicos-científicos para amenizar muitas vezes o grande tempo de espera que desfavorece a união das provas e resultantes dos fatos.
Ainda que, possa a vir ocorrer algumas divergências em alguns casos de identificação, vale ressaltar que é nesse exato momento que o Odonto Legista solicita aos familiares, a ficha clínica ou radiografias panorâmicas ou periapicais para o diagnóstico final da identificação.
Muitos colegas tem deparado com situações desagradáveis, na qual encontram fichas clínicas impressas ou digitais mal preenchidas, isso significa que, faltando dados dos pacientes para que possa então chegar a um trabalho final com sucesso.
Na pericia odontológica , todo pequeno detalhe anotado no odontograma proveniente de achados clínicos ou radiográficos contribui grandemente para o trabalho do perito, porém, o oposto também é realidade, e uma realidade bem que catastrófica para ambos os profissionais, além da família ou entes queridos que por algum momento depositam a esperança nas anotações daquele profissional.
Em uma rápida pesquisa com diversos colegas de profissão, nota-se que muitos esquecem de anotar as áreas edentulas, tanto na mandíbula quanto na maxila, ou mesmo as restaurações de amálgama que são achados exclusivos quando o paciente ainda a possui para que o laudo de identificação venha a ser concluído com mais agilidade.
Muitas vezes até mesmo a presença de cálculo em determinado quadrante que deixa de ser anotado atrapalha muito no processo de identificação.
Como dito anteriormente, independentemente do cirurgião dentista fazer o uso da ficha clínica impressa ou digital, sempre é bom destacar que todas as anotações, e as formas de armazenar os arquivos ou exames radiográficos vem a contribuir muito com a Odontologia Legal e com os setores de identificação.
Romolo Aquino de Oliveira Cuppari
- Cirurgião dentista CRO/PA:3506
- Especialista em Odontologia do Trabalho
- MBA em gestão de negócios na Área da saúde
- MBA executivo em Saúde Pública
- Especialista em Saúde Pública
- Pós graduando em Odontologia Legal
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