Abrir uma franquia nos Estados Unidos ou em Portugal é uma opção para conseguir visto de visto de residência?

“Se fulano se eleger, eu me mudo para outro país!”. Quantas vezes você ouviu essa frase nos últimos meses?

Ou, diante da crise econômica brasileira e do desemprego crescente, quantas pessoas você conhece que pretendem deixar o Brasil para tentar uma vida nova, principalmente nos Estados Unidos e em Portugal?

Primeiro destino dos brasileiros, os Estados Unidos é um país de economia forte, com leis trabalhistas compatíveis com a realidade econômica, que privilegia o empreendedorismo, tem sistema tributário facilitado e a abertura de empresas é simples e desburocratizada.

A infraestrutura do país dispensa comentários, porque é sabido que “lá funciona”. Justamente por isso, ter um visto de residência requer um processo mais elaborado, na medida que mais e mais pessoas do mundo inteiro procuram os Estados Unidos para darem prosseguimento aos seus projetos de vida, por meio de investimentos feitos naquele país.

Portugal, por sua vez, tornou-se um fenômeno de procura pelos brasileiros nos últimos anos, por ser um país europeu de clima ameno, pela facilidade do idioma e também por permitir maior facilidade de acesso – lá, é mais fácil conseguir um visto de residência, pois as leis oferecem um número maior de opções para quem deseja se estabelecer naquele país.

Sem a força econômica dos Estados Unidos, o país oferece vantagens tributárias e baixo custo de vida. Trata-se de um dos países com menor índice de violência do mundo e um dos melhores para os aposentados.

Com a reputação de oferecer boa qualidade de vida, tendo a Saúde e Educação como obrigação do Estado – e, lá, isso é levado a sério –, o país atrai famílias que desejam educar seus filhos em um ambiente tranquilo e com boa infraestrutura.

Mas, como conseguir, além do visto, trabalhar num país distante? Uma excelente opção é investir em uma franquia. O fato mais comum é que quem não planeja uma mudança para outro país comete o erro de se instalar primeiro para, depois, tentar o visto.

Em geral, o casal conhece uma cidade, gosta dela, compra uma casa, dois carros, matricula os filhos na escola e, depois, procura uma consultoria especializada em vistos. Então, tem a triste notícia de que não conseguirá permanecer legalmente naquele país, se não conseguir cumprir com o que é estipulado na legislação do país.O caminho tem de ser inverso…

Todo país valoriza quem nele investe, gera empregos e renda, recolhe impostos, contribuindo ativamente para o desenvolvimento econômico. Assim, nos Estados Unidos, por exemplo, você precisará empreender para tentar obter um visto.

Há algumas maneiras de fazê-lo, como por exemplo, por meio de uma franquia ou pelo investimento em um centro regional que invista em projetos de envergadura, como a construção de hotéis, mas sempre por investimentos ativos, que chamamos de ‘investimento a risco’.

Não se pode financiar esse investimento, é preciso ter o capital total para o negócio, sendo certo que a origem lícita desse capital é fundamental para o andamento do processo.

Ao investir em consonância com as exigências de cada país, você poderá então pedir o visto para você e também para a sua família, mas para isso é fundamental contar com uma consultoria que evite os erros normalmente cometidos por aqueles que pecam na elaboração e na implantação de um planejamento adequado.

Em Portugal, também é possível realizar investimentos com foco na obtenção do visto de residência. Nesse caso, o investimento poderá ser passivo (em imóveis) ou ativo (através de empreendedorismo).

Isso porque o país aceita a compra de imóveis como condição necessária para se obter o visto, desde que observados os valores mínimos exigidos por lei – ao contrário dos Estados Unidos – e, se o valor investido em um ou mais imóveis superar os 500 mil euros, o investidor obtém o Golden Visa, também chamado de Visto Gold, e que se assemelha ao Green Card nos EUA.

Valores menores podem ser aceitos em casos específicos, mas o investimento deve ser feito pelo pretendente ao visto, de forma direta, ou seja, não financiada.

Essa, no entanto não é a única forma de se obter o visto por meio de investimento. Quem abre uma empresa em Portugal também conquista seu visto e, neste caso, nem é necessário um investimento tão grande.

A opção pelas franquias é excelente porque ambos os países possuem marcas renomadas que estão em plena expansão. Também existem redes brasileiras que operam em ambos os países.

Como há leis específicas em cada país, é aconselhável que o investidor procure por uma consultoria especializada para auxiliá-lo no processo de aquisição de uma franquia.

Antes de mudar a vida de sua família, planeje, escolha a cidade com cautela, faça investimentos seguros e apenas depois de estudos e de obter orientação profissional, tome suas decisões de forma embasada.

Não se esqueça de que você mudará toda a sua vida e que a intenção é que essa mudança seja bem sucedida, e para melhor.

Sobre o GEF

O GEF – Grupo de Excelência em Franquias é um grupo formado por profissionais voluntários especializados em Franchising que dedicam tempo e conhecimento para disseminar boas práticas e fomentar o estudo sobre o sistema de franquias no Brasil. Criado dentro do CRA/SP – Conselho Regional de Administração de São Paulo, o GEF atua totalmente vinculado e sob a orientação do CRA, representando a entidade.


*Sobre Guilherme Noschese

Guilherme Noschese é consultor em investimentos internacionais, com atuação nos Estados Unidos e Portugal. Também assessora empresas que buscam internacionalização e expansão de redes nesses mercados.  É membro do GEF – Grupo de Excelência em Franquias do CRA/SP.

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